terça-feira, 5 de novembro de 2013

Sistema feudal

http://www.youtube.com/watch?v=oNfT66nyGSA
Observem e analisem.

Análise de um programa

         Essa atividade consiste em analisar as informações de uma reportagem ou programa jornalístico.
         Acredito que poderíamos utilizar o programa jornalístico Profissão Repórter, como ponto de partida. Com o objetivo de pesquisar as informações de um programa um pouco mais a fundo.
Inicialmente, juntamente com os alunos analisaríamos o programa, e, a partir desse momento pediria uma pesquisa sobre esse mesmo tema em outros meios de comunicação, na internet e na literatura. Após a realização da primeira parte, discutiríamos o assunto novamente.
Assim, teríamos um embasamento teórico farto para sustentar nossas discussões. Creio que essa atividade é até um alerta à necessidade de pesquisar e avaliar a validade das informações, não aceitando tudo aquilo que a mídia veicula somente.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A história do piso de caquinhos das casas paulistas

A história do piso de caquinhos das casas paulistas

por eleganciadascoisas

A casa da minha mãe tem o piso da varanda feito com esse mosaico como tantas outras casas paulistas dos anos 40/50 . Eu amo o piso de caquinhos de cerâmica vermelhos salpicado de cacos  pretos e amarelos. Descobri um texto que conta a história dessa moda. O autor é o Engenheiro Civil Manoel Henrique Campos Botelho que autorizou a sua publicação aqui.

O mistério do marketing das lajotas quebradas

Pode algo quebrado valer mais que a peça inteira? Aparentemente não. Mas no Brasil já aconteceu isto, talvez pela primeira vez na história da humanidade. Vamos contar esse mistério.
Foi na década de 40 / 50 do século passado. Voltemos a esse tempo. A cidade de São Paulo era servida por duas indústrias cerâmicas principais. Um dos produtos dessas cerâmicas era um tipo de lajota cerâmica quadrada (algo como 20x20cm) composta por quatro quadrados iguais. Essas lajotas eram produzidas nas cores vermelha (a mais comum e mais barata), amarela e preta. Era usada para piso de residências de classe média ou comércio. 
Foto Mika Lins
No processo industrial da época, sem maiores preocupações com qualidade, aconteciam muitas quebras e esse material quebrado sem interesse econômico era juntado e enterrado em grandes buracos.
Nessa época os chamados lotes operários na Grande São Paulo eram de 10x30m ou no mínimo 8 x 25m, ou seja, eram lotes com área para jardim e quintal, jardins e quintais revestidos até então com cimentado, com sua monótona cor cinza. Mas os operários não tinham dinheiro para comprar lajotas cerâmicas que eles mesmo produziam e com isso cimentar era a regra.
Certo dia, um dos empregados de uma das cerâmicas e que estava terminando sua casa não tinha dinheiro para comprar o cimento para cimentar todo o seu terreno e lembrou do refugo da fábrica, caminhões e caminhões por dia que levavam esse refugo para ser enterrado num terreno abandonado perto da fábrica. O empregado pediu que ele pudesse recolher parte do refugo e usar na pavimentação do terreno de sua nova casa. Claro que a cerâmica topou na hora e ainda deu o transporte de graça pois com o uso do refugo deixava de gastar dinheiro com a disposição.
Agora a história começa a mudar por uma coisa linda que se chama arte. A maior parte do refugo recebida pelo empregado era de cacos cerâmicos vermelhos mas havia cacos amarelos e pretos também. O operário ao assentar os cacos cerâmicos fez inserir aqui e ali cacos pretos e amarelos quebrando a monotonia do vermelho contínuo. É, a entrada da casa do simples operário ficou bonitinha e gerou comentários dos vizinhos também trabalhadores da fábrica. Ai o assunto pegou fogo e todos começaram a pedir caquinhos o que a cerâmica adorou pois parte, pequena é verdade, do seu refugo começou a ter uso e sua disposição ser menos onerosa.
Mas o belo é contagiante e a solução começou a virar moda em geral e até jornais noticiavam a nova mania paulistana. A classe média adotou a solução do caquinho cerâmico vermelho com inclusões pretas e amarelas. Como a procura começou a crescer a diretoria comercial de uma das cerâmicas descobriu ali uma fonte de renda e passou a vender, a preços módicos é claro pois refugo é refugo, os cacos cerâmicos. O preço do metro quadrado do caquinho cerâmico era da ordem de 30% do caco integro (caco de boa família).
Até aqui esta historieta é racional e lógica pois refugo é refugo e material principal é material principal. Mas não contaram isso para os paulistanos e a onda do caquinho cerâmico cresceu e cresceu e cresceu e , acreditem quem quiser, começou a faltar caquinho cerâmico que começou a ser tão valioso como a peça integra e impoluta. Ah o mercado com suas leis ilógicas mas implacáveis.
Aconteceu o inacreditável. Na falta de caco as peças inteiras começaram a ser quebradas pela própria cerâmica. E é claro que os caquinhos subiram de preço ou seja o metro quadrado do refugo era mais caro que o metro quadrado da peça inteira… A desculpa para o irracional (!) era o custo industrial da operação de quebra, embora ninguém tenha descontado desse custo a perda industrial que gerara o problema ou melhor que gerara a febre do caquinho cerâmico.
De um produto economicamente negativo passou a um produto sem valor comercial a um produto com algum valor comercial até ao refugo valer mais que o produto original de boa família…
A história termina nos anos sessenta com o surgimento dos prédios em condomínio e a classe média que usava esse caquinho foi para esses prédios e a classe mais simples ou passou a ter lotes menores (4 x15m) ou foram morar em favelas.
São histórias da vida que precisam ser contadas para no mínimo se dizer:
– A arte cria o belo, e o marketing tenta explicar o mistério da peça quebrada valer mais que a peça inteira…
Manoel Botelho é Engenheiro Civil e autor da coleção CONCRETO ARMADO EU TE AMO
manoelbotelho@terra.com.br

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Mídia NINJA

Uma alternativa ao status dominante, a mídia massacrante, é uma opção. Se é válida ou não, é algo que precisamos avaliar e verificar.

A parcialidade da mídia brasileira

Ultimamente, vejo uma mídia parcial, partidária e que recrimina tudo aquilo que não reflete sua posição política. A grande rede de televisão destaca mais as badernas do que as reivindicações, mais parece que existe apenas revoltas e bagunças.
Enquanto muitas questões necessárias poderiam ser discutidas, a Televisão se concentra em mostrar programas culinários. Gostaria de ver uma mídia televisiva menos parcial e mais comprometida com a verdade.
Atualmente, com o avanço da tecnologia, podemos comparar e interagir, por meio de blogs, redes sociais e na televisão e no rádio. As informações noticiadas nos meios de comunicação podem ser confrontadas, pesquisadas e analisadas.
Com certeza, precisamos de uma mídia mais comprometida com a verdade. Me preocupo, muito com a intencionalidade das notícia, elas influenciam as massas e nivelam por baixo as análises e discussões.
Os modelos estabelecidos como confiáveis, não são tão confiáveis assim, portanto eu apoio as novas formas de introdução das informações, a internet é livre e, portanto, capaz de receber todas as opiniões possíveis.
Claro que deve-se ter critério na hora de avaliar as informações, mas creio que o Mídia NINJA possa co-existir e ampliar as discussões sobre as informações veiculadas.
Nossa principal função, como educadores, pais, e adultos principalmente é despertar esse senso crítico em nossos alunos, no corpo escolar e na sociedade em geral. Se cada um conseguir analisar e questionar o Status quo, descobrir essa maneira de manipular dos meios de comunicação, poderemos contagiar os grupos sociais em que atuamos.

“A Educação qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática." Paulo Freire